A montanha pariu um rato, neste caso o rato seria o Magalhães e a montanha o Sócrates. Em mais uma acção do seu plano tecnológico, eis que o PM apresenta um computador "totalmente" português para as crianças da escola. Este computador de baixo custo, surge de uma parceria da portuguesa JP Sá Couto, Prológica e da Intel.
Foi apresentado com pompa e circunstância, onde o PM não se fartou de referir o facto do computador ser totalmente português, e com um chip de última geração.
Mas desde quando é que se acredita em alguma coisa que este senhor diz? O tal chip revolucionário, nada mais é que um Celeron, o tal totalmente português, só se for o nome e a versão do Caixa Mágica 12 que dizem que também irá ser disponibilizada, porque o resto? O resto já há muito que foi inventado. Mais uma vez, Sócrates vem apresentar a banha da cobra, numa tentativa de ir enganado o povinho com estas estórias.
Portátil Magalhães supostamente totalmente português
O Magalhães assenta na nova plataforma Classmate PC e integra um Intel Celeron M com ligação de rede sem fios 802.11b/g Wi-Fi. O modelo tem um ecrã LCD de 9 polegadas e uma memória de 512 MB. O disco rígido é de 30 GBytes e a bateria é de 6 células.
Este novo computador será gratuito para os alunos inscritos no primeiro escalão da acção social escolar, e terá um custo de 20 euros para as crianças do segundo escalão. Para os não abrangidos pela acção social escolar, o computador Magalhães terá um custo máximo de 50 euros.
Agora veja-se um portátil da Intel de 2006 o Classmate:
Cpu: ntel® Celeron M 900MHz Processor
Memória: 512 MB
Disco rígido: 2 GB
Sistema operativo: Windows XP ou Linux
Monitor: 7" (800x480)
Placa de rede e wireless
Teclado resistente à água
Bateria de 6 células (4 horas)
Peso: 1.5 kg
Parecidos não são? Talvez porque sejam o mesmo produto, então este tal produto inovador, revolucionário, totalmente português, nada mais é, que um computador da Intel, lançado em 2006, e que apenas será montado pela Intel em Portugal, sendo depois redistribuído pela JP Sá Couto, possui um nome português e pouco mais. É este o gato que o PM tenta vender por cabrito, pensando que os portugueses são cegos ou burros.
Numa operação de tal envergadura, nem sequer concurso público houve para escolher os parceiros, a Intel foi de imediato escolhida, e que oportunidade que foi, vender a Portugal, um computador que até para eles já está ultrapassado, já que o Classmate já tem uma nova versão com o novo processador Atom, mas para nós só vieram os "restos", outro dos parceiros estrategicamente escolhidos foi a Microsoft, que já considera o estado português como uma filial.
Continuam estes esquemas, e pergunta-se quem é que realmente ganha com eles? Quem ganha com estas parcerias? Serão os míudos que mal sabem ler ou escrever, será que é impossível estudar sem um computador ou internet? Como é que as outras pessoas conseguiram estudar e tirar cursos, sem computador no ensino básico e secundário? Não seria melhor equipar as salas com um computador, video-projector, ligação á internet e demais materiais necessários para uma aula interactiva? Que tal apostar em livros gratuitos, ou disponibilizar os livros em formato digital, para os pais poderem imprimi-los posteriormente, poupando assim muitos euros em material escolar...
O verdadeiro conhecimento, está nos professores e nos livros, não nalgum canto da Internet, nalguma conversa do Messenger ou foto do Hi5. Se querem melhor o ensino comecem por melhorar e apoiar os professores as condições de ensino, e apostem na qualidade do sucesso e não na quantidade.
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